A ORDEM TERCEIRA DO CARMO DA
PARAIBA, atual ORDEM TERCEIRA DO CARMO DE JOÃO PESSOA é uma entidade religiosa
com personalidade jurídica de direito privado, composta de irmãos leigos, homens e mulheres, fundada
em 19 de março de 1706, portanto completou os seus 300 anos de fundação em 19
de março de 2006, destacando-se pelo seu carisma de Oração, Fraternidade e
Missão Profética na ARQUIDIOCESE DA PARAIBA.
A história registra que os Padres Jesuítas foram os
primeiros religiosos vindos de Portugal no ano de 1500 para ajudar na
colonização do Brasil, especialmente na evangelização e catequese dos índios.
Os Padres Carmelitas, por sua
vez, foram os que aqui chegaram em segundo lugar, com a mesma missão de
evangelização e catequese dos silvícolas, e saíram de Lisboa rumo ao Brasil na
expedição de Colonizador Capitão Frutuoso Barbosa, com o objetivo de colonizar
a Província da Paraíba.
Na expedição de Frutuoso Barbosa,
autorizado pelo Rei Cardeal Dom Henrique, de Portugal, em 1579, o Padre
Provincial dos Carmelitas em Lisboa Padre Frei
João Caiado em 26/01/1580, cedeu os Padres Carmelitas: o Superior Frei
Domingos Freire, Frei Alberto de Santa Maria, Frei Bernardo Pimentel e Frei
Antônio Pinheiro, que nesse mesmo ano chegaram ao Brasil. Contam os
historiadores que a esquadra tendo chegado à costa de Pernambuco em 1580, foi
açoitada por violento temporal e houve de desembarcar em Olinda, menos a nau de Frutuoso Barbosa,
que foi arrastada até possessões
espanholas, onde lhe morreu a esposa.
Mas, por estes motivos os Padres
Carmelitas ficaram em Pernambuco e alguns anos mais tarde foi que vieram à
Paraíba.
Ao chegarem na Capitania da
Paraíba os Frades da Ordem Carmelita receberam possessões de terras, bem assim
no Rio Grande do Norte. Na Paraíba edificaram um Convento onde hoje está
instalado o Palácio do Carmo, sede do Arcebispado da Paraíba, e Igrejas como as
de Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora da Guia e Nossa Senhora do Livramento,
tendo a construção do Convento se iniciado no ano de 1591.
Estabelecidos os Frades
Carmelitas na Paraíba, no ano de 1706 foi fundada a Ordem Terceira do Carmo da
Paraíba, com a edificação de uma Capela dedicada a Santa Tereza D’Ávila, e, um
Consistório em terreno doado pelos Frades Carmelitas, anexos à Igreja de Nossa
Senhora do Carmo da Capital, onde se encontram até a presente data.
Daí em diante a Ordem Terceira do
Carmo nunca mais parou de crescer, tendo sido fundado mais um Sodalício no ano
de 1942, na cidade de Capina Grande, Estado da Paraíba; e Fraternidades
Carmelitanas em diversos lugares, sendo divulgada a devoção ao Escapulário de
Nossa Senhora do Carmo, que já conta com mais de 750 anos, em toda a Paraíba
.
II – 300 ANOS DE
FUNDAÇÃO
A abertura das comemorações do
TRICENTENÁRIO deu-se no dia 19/03/2005, às 19:00 hs., com a celebração de Missa
Solene, presidida pelo Reverendíssimo Padre Provincial Frei Francisco de Sales
Alencar Batista. O. Carmem. e concelebrada pelo Diretor Espiritual da Ordem
Terceira o Padre Doutor Frei Tito Figueirôa de Medeiros, O. Carmem.
Por ocasião do jubileu dos 300
anos, o Sodalício lançou o Livro: “História da Ordem Terceira do Carmo da
Paraíba – 300 Anos”, que traz uma retrospectiva histórica da vida dos
Carmelitas remontando a idade média, especialmente em Portugal, e a vinda para
o Brasil, mostrando a importância religiosa e social, das Ordens e Congregações
Religiosas da época.
Registra também o livro a única
vez que o Imperador Dom Pedro II veio à Província da Paraíba. Esteve Sua Alteza
na Igreja do Carmo onde registrou que era mais bela do que a Igreja de São
Bento, e que os degraus da Igreja estavam gastos do tanto pisar, fez registro
sobre o patrimônio dos carmelitas e a extinção da biblioteca do Convento do
Carmo. No dia 27 de dezembro de 1859, dia que o Monarca Dom Pedro II estava na
cidade de Mamanguape em visita oficial, a Senhora Imperatriz Dona Tereza
Cristina veio à Igreja do Carmo onde recebeu o Título de Prioreza Perpétua da
Ordem Terceira do Carmo da Paraíba, com a presença de Ministros do Império e
demais pessoas que vieram na comitiva imperial, o Prior da Ordem Terceira e
grande número de irmãos, tendo o fato ficado registrado em ata da Ordem.
III - CONJUNTO ARQUITETÔNICO
a) IGREJA DO
CARMO – CAPELA-MOR
A riqueza e o esplendor da arte
sacra está nos belos trabalhos de talha em pedra calcária esculpidos por
artistas coloniais da época.
A Capela-Mor. Compreende esta o
altar, as paredes laterais e as bancadas em côro, onde os frades celebravam o
ofício divino.
O interior da Capela-Mor e a
fachada do Templo são cinzelados na
pedra calcária que extraíram do subsolo da cidade, sendo muito abundante e
fácil de ser trabalhada. Esta capela tem linhas expressivas e se destaca pela
espontaneidade e harmonia de suas proporções, que deixa gravados no senso
estético do observador as mais profundas
sensações do belo. Aí falam todas as variedades de relevos de uma só vez, com
sua linguagem simbólica, mais elegante e expressiva que a linguagem articulada.
As idéias e as imagens pululam e estratificam-se no calcário coberto de ouro
polido, para perpetuar o gênio artístico num poema de pedra. A intenção é
render uma perene homenagem à Senhora do Monte Carmelo. O conjunto ornamental
logo à primeira vista apresenta-se como um primoroso tecido de ramos, folhas e
flores. Observa-se o retábulo que aformoseia a mesa do altar, lugar mais nobre
da Igreja, em virtude das funções religiosas ali desempenhadas. Modesto sem
destoar do estilo pomposo das demais peças ornamentais, vendo-se ao centro um
florão, em cujo meio esculpiram um monograma com as iniciais da Virgem do Monte
Carmelo.
Segue-se o plano onde está
colocado o Sacrário e mais acima o nicho com a belíssima Imagem de Nossa
Senhora do Carmo, em torno da qual estendem-se alguns ornatos em alto relevo
nos quais brilham ainda dourados bem vivos, polidos sobre as pedras. A imagem é
de tamanho quase natural, veste-se com o hábito da ordem carmelita. Sobre o seu
braço esquerdo apóia-se o Menino Jesus, enquanto do direito pende um
Escapulário bordado a ouro, a imagem firma-se sobre uma peanha formada de
nuvens e coros angélicos.
Surge ao fundo por entre colunas
o trono, onde, conforme o ritual antigo, se costumava expor o Santíssimo
Sacramento nas grandes solenidades. Atualmente o trono está servindo de
pedestal para a imagem do Sagrado Coração de Jesus.
O trono é edificado em madeira,
mas tem sua base esculpida numa única pedra enorme, toda talhada, de um peso
tão grande que se apóia em três colunas de pedra calcária inteiriças que se
firmam no solo onde funciona a Secretaria da Ordem Terceira do Carmo, por trás
do altar-mor.
Esta é a descrição do altar-mor
emoldurada por diversos elementos arquitetônicos, tais como colunas e o
esplendido arco-frontão que dá unidade a todo aquele complexo artístico.
Predomina nos pedestais as linhas curvas, preparando intencionalmente uma
harmoniosa disposição para as colunas que se emparelham duas numa ostentação de
grande solidez. Os fustes são cinzelados em estilo salomônico e rematados por
belos capitéis revestidos de folhas douradas. Sobre eles assentam os
entablamentos que sustentam a arcada, limite inferior do frontão que enfeixa
todas as peças e ornamentos construtivos do altar. Os relevos dourados ainda conservam o esplendor dos primeiros
anos.
Das bases do arco-frontão partem
duas grandes palmas de folhas elegantes que em torcicolos convergem para o
escudo da ordem carmelitana. As saliências parecem orlas de nuvens douradas pelo sol poente. Dois
anjos sentados de um e outro lado, completam a ornamentação maravilhosa do
frontispício do altar.
Na frente das colunas estão duas
grandes imagens: uma do Profeta Elias e outra do Profeta Eliseu. Aos lados da
Capela-Mor abrem-se seis janelões distribuídos simetricamente três a três, com
molduras e balaústres muito interessantes. Sobre põe-se-lhes dos cornijões que ondulam graciosamente
deixando entrever cimalhas douradas.
Em baixo, nos lados direito e esquerdo,
já nas proximidades do altar, notam-se dois admiráveis quadros de azulejo
português. Esses quadros assinalam a época da construção da Igreja. O que está
ao lado do Evangelho representa uma aparição de Nossa Senhora do Carmo rodeada
por muitos santos carmelitas. No lado da Epístola, ela com o seu manto ampara
São Simão Stock e os religiosos da ordem Carmelita das perseguições dos
inimigos.
Em plano inferior, vê-se o coro
da Capela com suas dezoito cadeiras de altas e elegantes solenidades. Aquelas cadeiras
são semelhantes às dos Cabidos de Cônegos onde tomam assento o Prior os irmãos
da Ordem nas grandes solenidades.
b) A NAVE
DA IGREJA DO
CARMO
Aquela parte do Templo que é
bastante ampla e vistosa, começa com o arco-cruzeiro, que está profusamente
ornado de ramagens e palmas distribuídas assimetricamente. Por cima passa o
cornijão que, depois de formar ângulos com as paredes laterais as acompanham,
interpondo-se como limite entre elas e o forro do teto da Igreja.
A riqueza de entalhes ali
existentes exigiria que o forro do teto correspondesse com decorações ou
painéis referentes à história da Ordem. No entanto, o forro, que é de Volta
Redonda, está completamente despido de pintura.
No corpo da Igreja, o que chama
logo a atenção, depois do imponente arco-cruzeiro, é o conjunto dos quatro
altares laterais, defrontando-se dois a dois com simetria a bom gosto artístico
que se revela imediatamente nas colunas geminadas e vestidas de ramagens
douradas. Os altares são dedicados: 1º a Nossa Senhora do Rosário, representada
ali por uma tela de bastante valor e uma estatueta; 2º à Santa Tereza D’Ávila,
vendo-se no lugar do nicho uma tela, mostrando a elevação da Virgem Seráfica ao
Céu, transportada pelos Anjos; 3º à Sagrada Família, vendo-se aos lados os
vultos do velho Simeão e da Profetiza Ana; 4º a Nosso Senhor dos Passos,
vendo-se a impressionante imagem de Jesus com a Cruz às Costas na sua marcha
para o Monte Calvário. É esta imagem que anualmente percorre as ruas da cidade na sexta-feira da Semana da
Paixão, onde há tradicional encontro com Nossa Senhora das Dores, defronte do
Palácio da Justiça no centro da capital, com o famoso sermão do encontro ou das
sete (7) palavras, em que o pregador na homilia deixa os fiéis completamente
emocionados com aquela cena da paixão de Cristo.
Acima dos dois primeiros altares,
sobressaem dois bonitos painéis de forma oval, representando uma a Assunção de
Nossa Senhora e outro uma das atitudes de Santa Tereza D’Ávila. Um Serafim
traspassa-lhe o coração com um dardo cor de fogo, símbolo do amor divino e, a
virgem estende-se como morta sobre um leito de nuvens.
A seguir a vista irrequieta do
observador projeta-se, sucessivamente, nos púlpitos, gravado bem na retina as
belas rendas de talhas douradas, subindo dali aos balaústres do coro e das
janelas, para descer em seguida ao vistoso rodapé de lindos azulejos que narram
os primeiros episódios da Ordem Carmelita, com a linguagem simbólica do seu
colorido cor de anil.
Enfim, destaca-se no forro do
coro um grande painel, onde Nosso Senhor Jesus Cristo aponta à Santa Tereza
D’Ávila o mistério da Santíssima Trindade, representado por um triângulo
coroado de raios fulgurantes.
O saudoso Padre Frei ANTÔNIO
GONÇALVES, O. Carmem. que foi Diretor Espiritual da Ordem Terceira do Carmo da
Paraíba por muitos anos, ao falar da beleza arquitetônica e espiritual da
Igreja do Carmo, afirmava com orgulho: “Esta Igreja é belíssima, e tem uma
característica única no Brasil, a sua nave é arredondada e quando nos
posicionamos na entrada do templo, abaixo do coro, de pé, num marco que tem
entre as duas colunas que o sustentam, temos uma visão total e completa da
igreja pelo seu formato redondo, não existindo outro igual”.
c) O FRONTISPÍCIO
DA IGREJA DO
CARMO
Cada Ordem Religiosa imprime na
arquitetura dos seus templos uma fisionomia própria e bem característica, a
mercê da qual se distinguem à primeira vista uns dos outros, embora possuam
todos o mesmo estilo de conformidade com a época em que foram construídos. Quem
vê um desses templos, sabe também, desde logo, a que Ordem eles pertencem.
Basta estar um pouco familiarizado com os traços característicos. Tratando-se
das Igrejas Carmelitas, o sinal mais
característico é o ESCUDO DA ORDEM DO CARMO. Depois vem a parcimônia dos
ornatos extraordinários, com suas linhas espaçosas, elegantes e belas.
Tudo isto se encontra, tanto no
vistoso frontispício, quanto no interior da Igreja de Nossa Senhora do Carmo.
No alto do frontão vê-se logo o escudo
da Ordem, com suas três estrelas no centro e uma grande coroa de pedra por
cima. Duas graciosas colunas de grande relevo emolduram aquela peça ornamental.
As três estrelas simbolizam Nossa Senhora do Carmo e os Santos Profetas Elias e
Eliseu.
Todas as janelas, portas e o
grande óculo da fachada estão circuladas de talhas singelas, porém elegantes.
Acima das portas e janelões abrem-se
florões de forma conchóide. O frontispício está ladeado por duas Torres,
estando uma concluída e outra por terminar.
Do Campanário existente na Torre
da Igreja constam três Sinos, sendo um em tamanho grande e dois menores, em
pleno funcionamento.
IV – A CAPELA
DA ORDEM TERCEIRA
DO CARMO
a) CAPELA DE
SANTA TEREZA D’ÁVILA
Anexa ao lado do sul da Igreja do
Carmo está a Capela da Ordem Terceira do Carmo, dedicada a Santa Tereza
D’Ávila, dos Carmelitas Observantes Calçados, construída pelos Irmãos da mesma
Ordem Terceira do Carmo em terreno que lhe foi doado pelos Frades da Ordem
Primeira do Carmo. Junto à Capela, os Irmãos da Ordem Terceira do Carmo também
construíram o Consistório onde faziam as suas Assembléias Gerais e Reuniões
Mensais, e, onde se revestem com os seus Hábitos para entrar nas Igrejas em
procissão por ocasião das grandes celebrações solenes, como por exemplo no
novenário de Nossa Senhora do Carmo.
Não tem as vastas dimensões da
Igreja do Carmo, todavia é mais rica de lavores artísticos. Há mais exuberância
e esmero nos altos relevos, que são quase cobertos de folhas de ouro,
principalmente, os que ornam a Capela-Mor. As paredes estão recamadas de
interessante entalhaduras douradas. Ao contrário da Igreja do Carmo que é toda
construída em pedra, a de Santa Tereza D’Ávila tem todos os altares e
revestimentos da Capela Mor, em madeira com belíssimas pinturas e medalhões.
No nicho central do Altar-Mor
está a imagem de Nossa Senhora do Carmo, ladeada à direita pela imagem de Santa
Tereza D’Ávila e à esquerda pela imagem de São João da Cruz. Em plano mais
elevado está o trono com três degraus bem ornados com esplêndidas ramagens
folheadas a ouro polido. Um grande Crucifixo eleva-se na frente de magnífico
resplendor, cujos raios aparecem por entre nuvens.
Encaixilha tudo isto o arco
monumental, que é um conjunto de peças arquitetônicas, composto de duas séries
de três colunas com os respectivos pedestais e um arco-frontão. As colunas
helicóides ornam-se de folhas estilizadas de acanto, obedecendo ao estilo da
Igreja do Carmo. Os pedestais formam-se de pilastras esculpidas em madeira de
lei e sobrepostas em dois planos. O forro do teto é de um feitio interessante. No centro abre-se uma
enorme rosa de pétalas douradas. Daí partem diversos raios que dividem um
triângulo, no meio dos quais ressaltam bustos de Santos embutidos na madeira.
Aos lados da Capela, pequena
altura das paredes, existem dois painéis (xilopintura) de pequenas dimensões. O
que está ao lado da epistola representa Santa Tereza D’Ávila de joelhos aos pés
de Nossa Senhora que lhe impõe o Rosário, enquanto São José levanta a ponta do
véu que lhe cobria a cabeça. O lado do Evangelho representa nosso Senhor Jesus
Cristo coroando a Virgem Carmelita, ao passo que Nossa Senhora do Carmo sentada
sobre nuvens contempla a cena gloriosa. Por sobre os quadros abrem-se as
janelas amparadas de balaústres iguais aos da nave da Igreja do Carmo.
O Arco-Cruzeiro, cinzelado em
pedra, foi trabalhado com primor da arte nacional, e apresenta no fecho as
armas de Nossa Senhora do Carmo.
Seis altares laterais e um
púlpito encontram-se aos lados da nave da Capela, tudo coberto de interessantes
talhas esculpidas em boa madeira das nossas matas. As imagens desses altares
representam as diferentes fases da Paixão de Cristo. Há anos atrás todas essas
imagens desfilavam, processionalmente, pelas ruas do centro da Capital por
ocasião da Semana Santa, inclusive a imagem de Santa Maria Madalena. Todas
essas imagens pertencem ao acervo da Ordem Terceira do Carmo, além de outras
imagens como São João Evangelista, Anjo da Amargura e os Anjos laterais da
Capela-Mor.
Os balaústres do coro e das
tribunas são de feitio bizarro, e acham-se
enfeitados de orlas douradas. Os forros
do coro e do teto ostentam painéis com episódios da vida e morte da
grande reformadora do Carmelo, Santa Tereza D’Ávila.
O frontispício com uma única
porta de acesso ao interior da Capela, de fachada simples, com uma imagem de
Nossa Senhora do Carmo no centro e um Crucifixo na sua parte mais elevada.
b) A SACRISTIA
DA ORDEM TERCEIRA
DO CARMO
Localizada nos fundos da Capela,
a Sacristia é formada por um vasto, porém modesto Salão, com portas encimadas
de sanefas esculpidas em madeira. O que há de mais interessante e merece
destacada importância como lavor artístico, é o LAVABO, talhado em pedra
calcária de raríssima beleza artística. Na Sacristia se encontram muitos
ornatos talhados em madeira de lei de rara beleza. Ainda existe na
Sacristia uma artística Cômoda feita em
madeira Jacarandá toda trabalhada em alto relevo com nove gavetas grandes,
puxadores em metal, tendo na parte superior um nicho, também em madeira, onde
tinha uma imagem de Nossa Senhora do Carmo. O Jacarandá era a madeira preferida
na fabricação de móveis nos tempos do Brasil Colônia, por ser resistente ao
cupim e às intempéries.
V – FORMAÇÃO DOS
IRMÃOS TERCEIROS
Para ingresso na Ordem os irmãos
se submetem a um ano de preparação e formação no postulantado, e, mais um ano
de formação no noviciado. Na gestão administrativa 2003/2006, o Prior Marcos
Cavalcanti de Albuquerque criou e instalou a “Escola de Estudos Religiosos São
João da Cruz”, para aprofundamento da espiritualidade dos irmãos que terminam
os dois anos de formação e fazem os seus primeiros votos, a fim de que estejam
sempre bem preparados.
VI – ATIVIDADES RELIGIOSAS
A vetusta Ordem Terceira do Carmo
da Paraíba em devoção acendrada a Nossa Senhora do Monte Carmelo, inspirada nos
ensinamentos dos Profetas Elias e Eliseu tem o exercício do novenário do Carmo
de 7 a 16 de julho todos os anos, como celebração maior de sua liturgia anual,
sem nunca ter deixado de realizá-lo um ano sequer, durante esses 300 anos de
existência. Nesse particular destaque-se a atuação do Padre Zé Coutinho que a
partir de 1927 esteve por cerca de 20 anos à frente da Ordem Terceira do Carmo
como seu Comissário, introduzindo os cantos
e preces do novenário em latim o que é observado até os dias atuais,
certamente a única Novena no mundo nos moldes como é feita na Paraíba. Nossa
Senhora do Carmo em nossa cidade é Padroeira do Comércio e das Forças Armadas.
Os cantos da missa solene de 16 de julho foram de autoria do regente do Coral
do Carmo, Pedro Santos. Tanto a novena quanto a missa estão gravados em
CD-Room.
Na Igreja do Carmo há missa
cotidianamente celebrada pelo Reitor e Diretor Espiritual da Ordem Terceira do
Carmo, Frei Luiz Nunes Pereira, O. Carmem., ou outro padre auxiliar, a Ordem
celebra Tríduos aos Santos mais venerados e conhecidos na nossa região,
destacando-se o Tríduo a Santa Tereza D’Ávila no mês de outubro quando se fazem
as entradas e profissões de novos irmãos todos os anos. Reza-se o mês de Maio
dedicado inteiramente a Nossa Senhora, tanto na Igreja do Carmo quanto na
Capela do “Repouso Carmelitano.
O nosso Assistente Espiritual
Padre Frei Luiz Nunes Pereira, O. Carmem., preside as Reuniões Mensais do
Conselho do Sodalício e da Assembleia Geral Ordinária, no 3º Sábado e 3º
Domingo de cada mês respectivamente, com aprofundamento da espiritualidade e
evangelização dos irmãos.
Em João Pessoa a Ordem Terceira
do Carmo é responsável por todas as Procissões da Semana Santa na nossa
Paróquia Catedral-Basílica de Nossa Senhora das Neves, notadamente a Procissão
do Encerro, a Procissão do Encontro e a Procissão do Senhor Morto.
A Ordem colabora efetivamente com
a Paróquia de Nossa Senhora das Neves, por ocasião da Semana Santa com a
realização das procissões e demais ofícios quando é solicitada, em convivência
salutar de colaboração com o Pároco.
VII – ATIVIDADES SOCIAIS
E CULTURAIS DA
ORDEM
Tem o Memorial Santa Tereza
D’Ávila, com exposição de Arte Sacra no pavimento superior da Igreja na Galeria
Prior Luiz Alberto Moreira Coutinho. Biblioteca Irmã Isis Arroxelas e um
Boletim Informativo mensal.
A Ordem Terceira do Carmo faz um
trabalho social intenso que traz um bem enorme aos irmãos e irmãs carentes, com
distribuição de cesta básica mensal.
Instalou o “Repouso Carmelitano –
Prior Luiz Alberto Moreira Coutinho”, no Bairro do Roger, para residência de
irmãs que não têm onde morar, há uma Capela dedicada a Nossa Senhora do Carmo,
onde mantém estudos da Bíblia com um grupo de oração, e realiza trabalhos
manuais e artesanato, fazendo exposição anual de sua produção.
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